Prefeitura Municipal de Salvador

Festival Boca de Brasa

 

Projeto Boca de Brasa – Cultura por toda cidade

 

 

O projeto Boca de Brasa chega ao seu terceiro ano em 2015, com atividades nas  diversas regiões de Salvador. Promovida pela Fundação Gregório de Mattos, a ação visa a fomentar a cultura na periferia da cidade, com foco no resgate da cidadania, através do incentivo ao desenvolvimento das diversas manifestações artísticas nos bairros.  

 

O projeto consiste em promover seis oficinas culturais gratuitas voltadas para a comunidade de cada local contemplado, com professores especialistas em cada área, culminando em um evento aberto para a comunidade, que apresenta o resultado artístico das aulas e conta com a participação de artistas da comunidade e convidados. A mostra final é realizada em um palco móvel instalado em praça pública, equipado com estrutura completa que envolve iluminação, camarim, sonorização adequada e equipe técnica. 

 

Além das atividades de formação e difusão, em 2015 o Boca de Brasa vem contribuindo com ações estruturantes no setor cultural da cidade, através da realização de um encontro de articulação com a comunidade para discutir o Plano Municipal de Cultura do Município de Salvador, visando à institucionalização da área. 

 

Histórico: Criado em 1986 pela FGM, quando era liderada por Roberto Dias, o projeto Boca de Brasa contava com uma estrutura composta por quatro carretas-palanques, projetadas pela arquiteta  paranaense Consuelo Cornelsen, e uma equipe de profissionais de diferentes áreas artísticas que iam até os bairros periféricos. Interagindo com as lideranças, associações e grupos locais, a ação consistia em realizar diversas apresentações artístico-culturais em várias regiões da cidade. Em 2003, o projeto foi suspenso, após a realização de mais de 600 apresentações. 

Coordenado por Bertrand Duarte e Walter Seixas Jr., na gestão do então prefeito Mário Kertész, o projeto Boca de Brasa foi inaugurado no dia 10 de outubro de 1986, em um evento realizado na Praça Municipal. O espetáculo reuniu as quatro carretas-palanques, em que foram realizados shows de Zelito Miranda, Lazzo, Lui Muritiba, Beto Marques, Tom Tavares, a banda Studio 5, Feo do Acordeon e o grupo Amigos do Nordeste. 

Reconhecendo a importância da iniciativa e sua contribuição para o desenvolvimento do campo cultural de Salvador, a FGM relançou o projeto, no dia 25 de setembro de 2013, em cerimônia realizada na Praça Municipal, com a presença de autoridades municipais e artistas, tendo o cantor Saulo como padrinho da ação. 

Com novo formato, o Boca de Brasa acontece em diversos bairros de Salvador, através da realização de oficinas culturais gratuitas em diferentes áreas artísticas e de formação de gestores. Em seguida, uma mostra pública aberta à comunidade reúne o resultado das aulas e apresentações de artistas locais.

 

No ano de relançamento, foram realizadas três edições nos bairros de Plataforma (outubro), Cajazeiras (novembro) e Boca do Rio (dezembro). Em 2014 o projeto foi ampliado, alcançando sete bairros de Salvador, que foram Nordeste de Amaralina (junho), Engenho Velho de Brotas (julho), Pernambués (julho/agosto), Uruguai (agosto), Itapuã (setembro), Pau da Lima (setembro) e Paripe (outubro).  

 

Em 2015 o Boca de Brasa aumentou a carga horária das oficinas, que passaram de quatro para seis dias e vai chegar a mais dez bairros da cidade. Já foram realizadas as edições da Ribeira (22/1 a 5/2), Liberdade (2 a 15/3), Lobato (16 a 29/3), Sussuarana (15 a 26/4) e Tancredo Neves/Beiru (15 a 31/5). Neste mês (jul/2015), acontece a edição do Bairro da Paz (31/5 a 12/7) e Calabar (14 a 25/7).

 

Muitos artistas de grande representatividade também já se apresentaram nas comunidades de Salvador, através da Mostra Final, evento que encerra as atividades de cada edição. Além de Saulo Fernandes, já se apresentaram artistas, como Lazzo Matumbi, Márcia Freire, Adão Negro, Margareth Menezes, Jackson Costa, Psit Mota e Zeca de Abreu. 

 

 

Boca de Brasa em Números

 

2013: 

Bairros: Plataforma (outubro), Cajazeiras (novembro) e Boca do Rio (dezembro)

 

Ao todo, cerca de 250 artistas e técnicos participaram das oficinas culturais nas áreas de Música Criativa, Grafite, Dança de Rua, Criação Literária, Direção Artística e Gestão de Grupos e Produção Executiva e Elaboração de Projetos. As três edições da Mostra Final reuniram em torno de 65 artistas, com programação gratuita. Em todas as três edições, o projeto contou com a presença do cantor Saulo Fernandes como professor da oficina de Música Criativa, que atuou junto com o maestro, compositor, arranjador e professor de música, Sérgio Souto. 

 

 2014: 

Bairros: Nordeste de Amaralina (junho), Engenho Velho de Brotas (julho), Pernambués (julho/agosto), Uruguai (agosto), Itapuã (setembro), Pau da Lima (setembro) e Paripe (outubro).  

 

Um total de 501 artistas e técnicos participaram das oficinas culturais. Neste ano, houve variações em algumas oficinas. Foram ministradas aulas de Elaboração de Projetos e Gestão de Grupos, Audiovisual, Teatro de Rua em todas as edições. Já a  

Oficina de Música, realizada em Nordeste de Amaralina, deu lugar à de Produção Musical – Home Studio nos bairros seguintes. A de Dança de Rua foi substituída pela  de Danças Urbanas e a Oficina de DJ – Hip Hop  foi sucedida pela Criação Literária.  

 

Já as sete edições da Mostra Final alcançou um público de aproximadamente 8200 pessoas, em sua maioria moradores das diversas comunidades contempladas e adjacências. 

 

Em 2014, cada edição da Mostra Final contou com um artista convidado, que encerrou a festa. No Nordeste de Amaralina, a atração foi Ninha e Banda Trem de Pouso. No Engenho Velho de Brotas, DJ Marcão e Márcia Short. Em Pernambués, Lucas de Fiori animou a festa. No Uruguai, foi a vez de Nelson Rufino. Em Pau da Lima, teve forró de Edd Bala e Del Feliz. A banda Banda Malê de Balê  agitou Itapuã. Paripe recebeu o cantor Saulo Fernandes. 

 

2015: 

Bairros: Ribeira (22/1 a 5/2), Liberdade (2 a 15/3), Lobato (16 a 29/3) e Sussuarana (15 a 26/4). 

 

 

Nas três primeiras edições deste ano, o projeto já alcançou um total de 450 artistas e técnicos que participaram das oficinas culturais. A relação base das oficinas se manteve, com aulas de Audiovisual, Criação Literária, Danças Urbanas, Elaboração de Projetos e Gestão de Grupos, Teatro. Na área musical, foi inserida a Oficina Criativa de Música - Home Studio. 

As três primeiras mostras finais reuniram cerca de 3300 pessoas. Os artistas convidados foram Dj Roger Preto, Banda Liga da Alegria (Infantil) e Gerônimo Santana e Banda Mont' Serrat na Ribeira. Na Liberdade, Dj Marcão, Filó Brincante (Infantil) e  Margareth Menezes animaram a festa que integrou a programação do Festival da Cidade 2015. Já no Lobato, Dj Marcão, Filó Brincante (Infantil) e  Márcia Short foram as atrações especiais. Em Sussuarana, será a vez da banda Adão Negro.