Esculturas do caboclo e cabocla passam por manutenção
Fotos: Inaiá Lua |
Todo ano, nesta época, os dois principais símbolos do 2 de Julho, bem como as carruagens de madeira que conduzem as imagens, passam por uma restauração a fim de manterem as suas características originais. É que a cada desfile, as imagens sofrem algum tipo de desgaste ou dano, decorrente do sacolejamento dos carros nas ruas irregulares do Centro Histórico e das chuvas que ocorrem durante o desfile.
Abrigados no Pavilhão 2 de Julho, no Largo da Lapinha, durante todo o ano, os carros com o caboclo e a cabocla saem no 2 de Julho, em direção ao Campo Grande. O retorno das imagens ocorre no dia 5 com outra grande fanfarra, em geral à noite e regido por orquestras, estudantes, músicos, entidades culturais, charanga e batucadas.
História - Esculpido por Manoel Inácio da Costa, o caboclo representa os índios e mestiços baianos que lutaram pela independência da Bahia contra as tropas portuguesas, que foram derrotadas no 2 de Julho de 1823. Somente em 1840 ou 1849 (há controvérsias quanto à data precisa), é que surgiu a imagem da cabocla, representando a índia Catarina Paraguassu e a figura feminina nas lutas pela independência. Já as rodas dianteiras do carro que conduz a imagem do caboclo são as mesmas de uma das carretas que carregavam os canhões utilizados pelos brasileiros contra os ataques portugueses.
Os registros históricos mais antigos sobre o pavilhão da Lapinha onde ficavam abrigados as imagens datam de 1835, época em que a Associação Patriótica 2 de Julho providenciou o espaço. Já em 1918, o Pavilhão 2 de Julho foi inaugurado pelo Instituto Histórico e Geográfico da Bahia nos moldes atuais.