Os 171 monumentos espalhados pela cidade são preservados pela Gerência de Sítios Históricos da Fundação Gregório de Mattos
A história e cultura de Salvador estão retratadas através dos 171 monumentos espalhados pela cidade. São estátuas, bustos, hermas, medalhões, fontes, oratórios, painéis e esculturas, que fazem parte da arquitetura urbana e alvo de um trabalho de preservação por parte da Prefeitura, através da Gerência de Sítios Históricos da Fundação Gregório de Mattos.
Ao longo dos últimos cinco anos, atos de vandalismo resultaram por danificar ou extraviar 5,8% deste acervo, que simboliza a memória do povo soteropolitano.
Com o objetivo de coibir estas ações, o poder público municipal tem intensificado a vigília e recuperação destas peças, que dão um toque de charme e tradição à primeira capital do Brasil.
Um dos símbolos da cultura baiana, a estátua de Castro Alves, cravada na praça que tem o nome do poeta, localizada no centro da cidade, passa por um processo de limpeza e recuperação. A obra em bronze do escultor italiano Pasquale de Chirico, desde o mês passado vem ganhando um novo aspecto, com a recuperação da mão de um escravo e do pedestal de granito. O trabalho será finalizado no fim deste mês e entregue à população, que poderá apreciar e fotografar a estátua de Castro Alves com uma nova aparência.
Outro monumento que a equipe da Fundação Gregório de Mattos recupera é o de Dom Pero Fernandes Sardinha, primeiro Bispo do Brasil, cujo busto instalado na Praça da Sé, também foi produzido pelo artista italiano Pasquale de Chirico. “Nele estamos recuperando o bronze, o pedestal em granito, e a corrente. As letras que fazem parte do texto explicativo também estão sendo recompostas”, revela Marco Antonio Rocha, da Gerência de Sítios Históricos do órgão municipal.
O mesmo processo está sendo feito para o busto de Dodô e Osmar, de autoria do artista Herbert Viana Magalhães, também na Praça Castro Alves, no estacionamento do Espaço Unibanco de Cinema (antigo Glauber Rocha). Já foram feitas a limpeza do bronze e a recuperação do granito. A execução de uma nova placa indicativa em acrílico para o busto está em andamento, pois a placa original que havia no local, em bronze, foi furtada.
Dois bustos em bronze da capital baiana foram furtados, ambos de autoria de Herbert Viana Magalhães, que ficavam na Praça da Aclamação, em frente ao Palácio de mesmo nome: o de Silvio Deolindo Fróes, fundador da escola da música da UFBA) e o do ilustre pintor Presciliano Silva, que foram refeitos e devem ser reinaugurados em breve.