Prefeitura Municipal de Salvador

O Premiado Espetáculo “O Dia 14” no Espaço Cultural Barroquinha

SEMUR convida a CAN  com o espetáculo “O Dia 14” para compor o calendário comemorativo do pós 13 de maio de 1888.

A Secretária Municipal da Reparação (SEMUR) apresenta o Premiado Espetáculo “O Dia 14”, como instrumento para aplicação da Lei 11 645/08 nas escolas do Estado.

 

A premiada Companhia de Teatro Abdias do Nascimento (CAN) que recebeu 6 indicações ao Prêmio Braskem de Teatro e Prêmio de Revelação para a CAN em 2008, com o espetáculo “O Dia 14”, direção de Ângelo Flávio, é convidada pela SEMUR para compor o calendário comemorativo do pós 13 de maio de 1888, nos dias 14,15 e 16 de maio às 20h, no Centro Cultural da Barroquinha.

 

O convite da SEMUR tem como objetivo utilizar o espetáculo “O Dia 14” como instrumento pedagógico na discussão das políticas de Ações Afirmativas para professores e alunos da rede pública de ensino. A Lei 11 645/08 estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.

 

Através de uma encenação poética e vigorosa, o espetáculo conta de forma atemporal a trajetória da diáspora negra do “Brasil-colônia” até os dias atuais, tendo como eixo dramaturgico o antes e o depois do dia 13 de maio de 1888. O espetáculo dirigido por Ângelo Flávio, recebeu 6 indicações ao Prêmio Brasken de Teatro ano passado, uma das mais importantes prêmios do Norte e Nordeste, incluindo Melhor Espetáculo, Direção, Dramaturgia, Atriz, Ator e Revelação. O Diretor mergulha na desigualdade social brasileira e mostra a trajetória dos negros do navio negreiro à invisibilidade social, além das frequentes chacinas que têm violentado a periferia da cidade. O espetáculo é intercalado por trechos de entrevistas que analisam a questão racial no Brasil.

 

“Acho que estamos diante de um grande passo para a democrática formação educacional de um país que se diz hibrido. Poder contar a História do povo negro para índios, negros e brancos é desmascarar a face oculta do racismo institucionalizado em nosso país”, afirma Ângelo Flávio.

 

São temas do espetáculo os conflitos do dia-a-dia, racismo, identidade afro-descendente, padrão de beleza e o “ciclo vicioso do racismo no âmbito escolar, familiar e trabalhista”, como lembra Léo Santos, ator do CAN.

 

“As pessoas não se identificam como negras, se chamam de morena cor de jambo, cor de formiga, isso faz parte do processo de embranquecimento social”, afirma Marijane Souza, a atriz da CAN.

 

Um das propostas do espetáculo “é revelar no palco a realidade e fazer renascer e ressurgir as memórias dos momentos difíceis e de glória do povo negro”, como afirma Cleiton Luz, o ator do CAN.

 

O discurso da peça parte da perspectiva da vivência das personagens e das reações contra o opressor. A linguagem é outro aspecto interessante do texto que aborda o ontem e o agora simbolicamente nas falas das personagens.

 

“Não defendo só as personagens, eu defendo o discurso”, completa Vinícius Nascimento, ator do CAN.

 

O espetáculo tem sonoplastia do cantor Dão e do DJ Cláudio Manoel - Angelis Sanctus. Ângelo Flávio é um dos novos talentos da direção baiana. Sua trajetória está ligada à militância política em defesa dos direito humanos, temas polêmicos e que sempre fazem parte de seus trabalhos artísticos.

 

A Cia de Teatro Abdias do Nascimento (CAN) nasce na Escola de Teatro da UFBA em 2002 e é formado por estudantes negros e negras. Eles passaram a discutir a constante ausência do negro em cena e nos papeis principais, o inexistente estudo da Dramaturgia escrita por negros e sua aplicação na grade obrigatória curricular da instituição, além de debater o eurocentrismo que, até hoje, é cânone epistemológico nas universidades. O CAN, além das montagens sempre bem sucedidas e elogiadas pela crítica especializada e publico em geral, vem realizando constantes atividades onde discutem ações de políticas afirmativas e democratização da cultura. Em seu currículo o grupo trás cinco montagens com a direção de Ângelo Flávio, seu fundador.

 

SERVIÇO:

 

O QUE ? Espetáculo teatral “O DIA 14”

 

QUEM? Companhia Teatral Abdias do Nascimento (CAN)

 

ONDE E QUANDO? Centro Cultural da Barroquinha, dias 14,15 e 16 de maio, às 20H. Praça Castro Alves ao lado do Cine Unibanco Glauber Rocha.

 

QUANTO? Gratuito Aberto ao público.

 

Mais informações: Ângelo Flávio – Diretor - (71) 9114-4825 / 8882 4601 – angeloflavio@hotmail.

com Dayanne Pereira – Assessora de Comunicação - (71)9633-8394/8261-7201 – Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. Daniele Bispo – Produtora Cultural - (71) 8639-0594 - Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

 

Ficha técnica Direção e dramaturgia: Ângelo Flávio (As Irmãs de Brecht / A Casa dos Espectros).

Assistente de direção: Camila Bonifácio .

Com o “Coletivo de Atores Negros Abdias do Nascimento”: Ive Carvalho (PSICOSE/ Sonho de Uma Noite de Verão), Vitória Bispo (Viva o povo Brasileiro/ A Casa dos Espectros), Cleiton Luz (Navalha na Carne), Marijane Souza , Léo Santys (O Dia 14, indicação de Melhor ator), Hamilton Lima ( Joana D’arc), Vinicio Nascimento (Ó Paí Ó). Cenografia: Aloísio Antônio & Marcos Costa (A Casa dos Espectros).

Coreografia: Liu Árison.

Produção Cultural: Daniele Borges

Design Gráfico: Cristiano Borges

Assessoria de Comunicação: Dayanne Pereira.

Trilha sonora: Dão & Cláudio Manoel.

Operador de Som: Ismael Fagundes

Iluminação: José Carlos N’gao

Operação de Luz: Felix.

Preparação corporal, figurino e maquiagem: Ângelo Flávio.