Prefeitura Municipal de Salvador

Música baiana

Afro Sinfônica em nova apresentação no Espaço Cultural da Barroquinha

 

 Foto: Divulgação
O concerto contará com a participação do compositor Gerônimo e do instrumentista Letieres Leite 
Marco do sincretismo religioso na Bahia, o Espaço Cultural da Barroquinha abre suas portas para saudar as raízes da música baiana. Abrigando a nova temporada de apresentações da Orquestra Afro Sinfônica, o espaço será palco de grandes encontros entre a orquestra popular, capitaneada pelo maestro Ubiratan Marques, e expoentes da música da Bahia.

 

No próximo concerto do grupo, subirão ao palco o cantor e compositor Gerônimo e o maestro e instrumentista Letieres Leite, da Orkestra Rumpilezz. A apresentação será no dia 18 de julho, às 19h.

 

Nova temporada - Com arquitetura e acústica peculiares, a antiga Igreja da Barroquinha dá a sua contribuição aos concertos da orquestra, que percebeu neste espaço uma identidade única e em consonância com sua proposta musical de unidade entre a ancestralidade da cultura afrobaiana e a contemporaneidade.

 

Para o maestro Ubiratan Marques, o projeto, que marca a união entre as matrizes históricas e a modernidade da erudição musical, é uma grande oportunidade de apresentar ao público soteropolitano o intercâmbio entre o regional e o nacional, o erudito e o popular.

 

Os concertos da Orquestra Afro Sinfônica, que se estendem do dia 18 de julho ao dia 19 de novembro, seguirão sempre às segundas-feiras.

 

A Orquestra Afro Sinfônica - Em 2000, a partir de um concerto com a Jazz Sinfônica em São Paulo, o maestro baiano Ubiratan Marques, então regente da orquestra, percebeu que a maioria das orquestras continuava a seguir o mesmo padrão europeu em formação e repertório. A partir daí, pensou em criar algo genuinamente brasileiro, baiano, fazendo uma fusão entre o jazz e os conceitos europeus e americanos sinfônicos, acrescendo a personalidade regional, promovendo novas tendências e novos repertórios.

 

A orquestra permaneceu com a mesma estrutura tradicional, com todos os seus nipes de cordas, madeiras, metais e percussão, porém incorporando alguns instrumentos regionais, como xequerês e tambores.

 

Mas, o principal está, certamente, no resultado musical, unindo o peso e as nuances sinfônicas à personalidade particular dos arranjos africanos. Com a formação de um centro de estudos de música criado por ele em 2007, o Núcleo Moderno de Música, ficou mais viável desenvolver a sua ideia da orquestra, pois poderia incluir seus alunos, professores e músicos interessados. Dessa maneira, estabeleceu-se, em meados de 2008, a Orquestra Afro Sinfônica. “O Brasil é muito carente de formações clássicas grandes e até mesmo pequenas. A ênfase sempre foi de formação de grupos pequenos”, explica Ubiratan.

 

E complementa: “A Afro Sinfônica possibilita fazer música brasileira com grupos menores, cameratas e cantores, sem ter a obrigatoriedade de ser erudito, democratizando, assim, um caráter único e inédito no Brasil. É a expansão da identidade brasileira, que é muita marcada pela regionalidade, sem perder a personalidade baiana e todas as heranças inseridas nela”.

 

Serviço:

Afro Sinfônica no Espaço Cultural da Barroquinha

Datas: 4 e 18/07; 8 e 22/08; 12 e 26/09, 10 e 24/10, 7 e 21/11, 5 e 19/12

Horário: 19h

Ingresso: R$ 10 e R$ 5 (vendas no local)